Papa Bento VXI - Maio/2007

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Semana da Cidadania 2009


Em sintonia com a Campanha da Fraternidade (Fraternidade e Segurança Pública) e com a Campanha Contra a Violência e o Extermínio de Jovens, somos convidados a discutir e aprofundar estas temáticas nos grupos e turmas de crisma através das atividades permanentes: Semana da Cidadania (SdC), Semana do Estudante e Dia Nacional da Juventude.
A SdC coloca em pauta o tema "Juventude e Criminalização".
Queremos mostrar como os diversos fatores sociais contribuem para a criminalizaçao da juventude e, com isso, fomentar a discussão e ação em vista da construção de um país mais justo.
CALAR-SE DIANTE DE UMA INJUSTIÇA, MAIS DO QUE PERMITIR QUE ELA ACONTEÇA, É CONSUMÁ-LA.
E eu com isso?
Essa é a pergunta que queremos que você se faça.

Para auxiliar nos encontros, foi produzido o material em anexo. Ele pode ser conseguido já impresso (cartaz e livreto) gratuitamente através dos telefones (34) 8807-1041 / 9164-0519 / 8805-0307.
Qualquer dúvida sobre como trabalhar o material, entre em contato conosco.

Subsídio para os Jovens da Campanha da Fraternidade 2009


Para auxiliar o trabalho nos grupos de jovens e turmas de Crisma, existe um subsídio específico para os jovens na Campanha da Fraternidade 2009 que contém 3 encontros divididos em 6 partes:
Oração inicial
Começando a conversa (dinâmica)
Nosso olhar juvenil sobre a realidade
Iluminados pela Palavra de Deus
Mural da Paz
Oração final

Este subsídio pode ser adquirido nas livrarias católicas por R$2,oo(Dois Reais).
Fica como sugestão para as coordenações de grupos e catequistas de Crisma a aquisição do Manual da CF 2009. Ele já contém o subsídio para os jovens, além de uma grande quantidade de informação para dinamizar os encontros. Certamente o Manual será usado além da Campanha da Fraternidade. Seu valor é R$20,00(Vinte Reais).

O objetivo da Campanha é suscitar o debate sobre a segurança pública e contribuir para a promoção da cultura da paz nas pessoas, na família, na comunidade e na sociedade. A meta é fazer que todos/as se empenhem na construção da justiça social e que a segurança seja garantida para todos/as cidadãos/ãs.
A paz buscada é a paz positiva, orientada por valores humanos como a solidariedade, a fraternidade, o respeito ao "outro" e a mediação pacifica dos conflitos, e não a paz negativa, orientada pelo uso da força das armas, da intolerância com os "diferentes", e tendo como foco os bens materiais.

Mensagem do Bispo Referencial do Setor Juventude

(É uma mensagem motivante para todos aqueles que atuam na evangelização dos jovens)

Mensagem de Dom Eduardo Pinheiro da Silva, Bispo referencial do Setor Juventude da CNBB, aos Responsáveis Diocesanos da Juventude

Belo Horizonte, 24 de abril de 2008.
Queridos irmãos e irmãs,
discípulos de Jesus Cristo e missionários dos jovens,
presentes neste 1º. Encontro dos Responsáveis Diocesanos da Juventude

Ao final deste encontro não posso deixar de externar a alegria de ter estado com vocês nestes dias tão ricos de experiências, de convivência, de conhecimentos... dias ricos da presença de Deus!
A animação de todos e a partilha de sonhos, preocupações e desafios trouxeram a certeza de que estamos interessados em encontrar, juntos, caminhos de vida para os nossos jovens de hoje.
Cada um, certamente, soube aproveitar bem destes momentos de graça que Deus lhe concedeu e, certamente, vai levando para casa uma bagagem repleta de entusiasmo e propostas de fortalecimento da ação junto ao jovens. Que bom! Deus é maravilhoso nos seus desígnios de amor!
No meio de tantas responsabilidades e atividades que a vida lhes colocou nos ombros peço-lhes que jamais se esqueçam de priorizar a juventude em sua vida, em suas lutas, em seus sonhos, em seu amor, em sua oração. Muitos jovens já se beneficiaram e cresceram por causa da presença de vocês no meio deles. Imaginem o quanto ainda eles se beneficiarão deste fogo abrasador que, neste encontro, foi alimentado pelo Espírito Santo.
Peço-lhes, ainda, que considerem efetivamente – e segundo a sua realidade – isto que segue. São elementos que surgem do meu coração no desejo de que, entre tantas outras coisas, possam dinamizar ainda mais a sua ação junto aos jovens de sua diocese. Eis algumas idéias esparsas que lhes deixo após ouvi-los e senti-los; após refletir e rezar:

1º) Provoquem sempre nos sacerdotes, religiosos e bispos a paixão pelos jovens. Quando amamos verdadeiramente, somos capazes de criar, lutar, sacrificar-se, encontrar novos caminhos.

2º) Abracem o Documento 85 da CNBB como uma grande luz que veio para contribuir com nosso trabalho evangelizador no meio das juventudes de nosso país. Que ele seja lido, estudado, discutido, entendido, e, principalmente, aplicado em nossos planejamentos anuais. Ele não precisa ser aplicado todo de uma vez; mas deve ser acolhido por inteiro, afinal de contas, foi fruto de muitas mãos, de muito tempo e lugar, de muitos corações desejosos de ver nossa juventude feliz.

3º) Desafiem-se a organizar grupos de jovens em todas as comunidades, a partir de tudo aquilo que já se sabe sobre esta proposta pedagógica que deve estar sempre aberta às novas provocações, interesses e necessidades dos jovens. Se conseguirmos isto, já daremos um grande salto de qualidade em nossa evangelização.

4º) Lutem também para que em cada paróquia – se é que ainda não tenha – possua 1 responsável ou uma equipe responsável para pensar ‘juventude’ 24 horas. Pessoas, estas, que possam estar priorizando este serviço em suas atividades e tempo.

5º) Busquem propostas concretas e específicas para atender os adolescentes. Os jovens agradecem esta distinção de atenção, afinal de contas, eles, apesar da proximidade cronológica, vivem momentos diferentes.

6º) Aprofundem e apliquem no projeto de evangelização a magnífica idéia da formação integral. Evangelizar significa dar condições para que todas as dimensões da vida do jovem encontrem luzes e motivações em Jesus Cristo e no seu Evangelho. Auxiliem-no a perceberem que são amados, valorizados, capacitados por inteiro.

7º) Não se desgastem somente com estruturas, organizações, planejamentos, atividades. Às vezes esquecemos de que estar no meio dos jovens, conversar, conviver, chorar juntos, abraçar, orientar espiritualmente, atende-los em Confissão, tem uma força incrível de conquista e de evangelização.

8º) Prestem atenção naquilo que vocês transmitem com os olhares, as posturas, os gestos, os sorrisos, os esforços de coerência, a alegria da busca da santidade. O nosso testemunho de vida é determinante para a evangelização. Os jovens precisam perceber que rezamos, que celebramos, que cantamos, que trabalhamos como expressão de um coração repleto das maravilhas de Deus. Os que estão à frente dos jovens não podem vacilar! Todo cuidado é pouco, afinal de contas, eles querem se apoiar em quem realmente encontrou sentido de vida e vive com sentido. Quantos líderes – leigos, padres, religiosos – esqueceram desta regra máxima do trabalho evangelizador.

9º) Sejam corajosos e constantes em propor aos jovens um caminho de discernimento vocacional. Que nenhum jovem passe por suas mãos sem se questionar sobre a vocação a qual Deus lhe chama. Que nenhum namoro ou casamento ou família sofra conseqüências de nossa omissão em vista desta preparação. Que ninguém deixe de se questionar sobre o chamado ao sacerdócio ou à vida religiosa. Que nenhum projeto de evangelização juvenil omita propostas concretas, consistentes e atraentes de discernimento vocacional.

10º) Empenhem-se por entender a beleza e a simplicidade da proposta do Setor Juventude. Não deixem que este ‘projeto’ de unidade seja prejudicado por preconceitos, precipitações, omissões, vaidades deste ou daquele segmento, desta ou daquela liderança. A unidade, o espírito de família, a comunhão é o grande sonho de Jesus Cristo: “que todos sejam um”. Nossas ‘parcerias’ começam em casa. Vocês já imaginaram a pastoral de conjunto acontecendo no mundo juvenil e sendo motivação e modelo para todas as outras pastorais? Lembrem-se, portanto, de que o SETOR:

a) é espaço de comunhão, diálogo, partilha
b) não é uma estrutura pesada e, muito menos, excludente; é algo simples. Não podemos complicar!
c) é uma opção que o bispo faz para que a unidade diocesana cresça ainda mais. Portanto, uma vez decidido numa diocese, todos os segmentos que trabalham com juventude estão, automaticamente, incluídos nesta dinâmica vital e eclesial.
d) o documento 85 é o seu texto iluminador e motivador
e) nos primeiros encontros é importante estudar juntos este documento 85 e conhecer a riqueza da diversidade dos segmentos presentes na diocese
f) tem a responsabilidade de olhar para dentro e para fora da Igreja. Os destinatários do setor não são somente aqueles que já estão conosco, mas, principalmente, aqueles que estão distantes
g) o Setor é capaz de aumentar a sensibilidade de todos e desenhar propostas eficientes diante da gritante realidade de jovens que estão sendo abandonados, dizimados, excluídos, empobrecidos, violentados em nossa sociedade. A nossa união será uma força incrível para contemplar esta realidade, profetizar a vida plena e reivindicar ações concretas da Igreja e da Sociedade em vista da vida digna destes nossos jovens-irmãos.

Acho que era isto que gostaria de registrar e deixar para vocês.
Deus continua contando conosco principalmente neste mutirão em vista de “resgatar no coração de todos a paixão pela juventude” (Doc 85, 205). Vamos nessa?
Beijos e abraços de quem os carrega no coração e na oração; de quem acredita na criatividade, no ardor e no amor que foram alimentados nestes belos dias de convivência em vista do bem de nossa juventude.
Deus seja louvado e abençoe intensamente a todos vocês, principalmente ao P. Gisley, a Equipe central de coordenação e todos aqueles e aquelas que não mediram esforços em fazer acontecer este 1º. Encontro Nacional dos Responsáveis Diocesanos pela Juventude!
Maria, a jovem de Nazaré, nos acompanhe nesta busca de constante rejuvenescimento de nossos corações, nossas atividades, nossa missão.

Até qualquer hora.

+ Eduardo Pinheiro da Silva, sdb

Bispo referencial do Setor Juventude da CNBB

Dimensão metodológica e de capacitação técnica

5 Relação com a ação (dimensão metodológica e de capacitação técnica)

Corresponde à capacitação técnica/metodológica para o planejamento, desenvolvimento e avaliação da ação transformadora, para o exercício da liderança e coordenação democrática nos grupos, organizações e também junto às massas. Trata-se de ser profissional, realizando a missão com eficácia.
No processo de amadurecimento da fé o jovem sente necessidade de testemunhar a própria fé, empenhando sua vida no serviço aos outros. Para que sua ação seja eficaz, precisa entrar num processo de formação permanente, que lhe garanta a aquisição de técnicas e de competência educativa profissional para assumir tarefas de coordenador de grupos jovens, de comunicador da mensagem de Jesus Cristo e de formador de lideranças.
A ação é uma necessidade especial dos jovens e um instrumento pedagógico privilegiado. A partir de pequenas ações refletidas e avaliadas, os jovens vão crescendo em sua inserção eclesial e social para serem uma presença transformadora.

Dimensão mística e teológica

4 Relação com Deus (dimensão mística e teológica)

Esta dimensão trata da vivência e fundamentação da fé do jovem, do encontro com a Pessoa de Jesus Cristo, sua prática, seu Projeto e seguimento em comunidade. É a presença de Deus agindo nos acontecimentos de sua vida, da vocação mais profunda de ser filho e irmão, do descobrimento de Jesus e da opção por segui-Lo, do discernimento da ação do Espírito nos sinais dos tempos da história pessoal, grupal, eclesial e social e do compromisso radical de viver os valores do evangelho. E o jovem descobre a Comunidade eclesial como lugar de alimentar e celebrar a vida na Fé.
Neste encontro com Jesus Cristo o jovem descobre Nele o sentido de sua existência humana pessoal e social. Nasce a experiência de fé que o faz viver como cristão autêntico. Passo fundamental nessa dimensão é transformar a experiência de vida pela força da fé em experiência evangélica. Integra-se a fé na vida. A educação da fé é concebida como interpelação constante entre experiência de vida e formulações da fé.
É necessário formar o jovem para ter uma experiência de Deus (espiritualidade ou mística) e ao mesmo tempo ajudá-lo a adquirir uma compreensão teórica da sua fé (teologia).

Dimensão sócio-política

3 Relação com a sociedade ( dimensão sócio-política)

Corresponde à dimensão da socialização ou da inserção do jovem na sociedade. Trata da convivência social com relações de justiça e solidariedade, com igualdade de direitos e deveres. A política é a arte de administração da convivência dos cidadãos. Capacita o jovem para ser cidadão consciente, sujeito da história nova, com participação crítica em favor da justiça e da vida digna para todos. Forma o jovem para ser capaz de projetar-se em sua comunidade local, nacional e internacional. É importante formar o jovem para a cidadania.
Esta experiência comunitária leva o jovem a confrontar-se com problemas cuja solução exige convergência de esforços e vontade política. A promoção do bem comum e a construção de uma ordem social, política e econômica humana, justa e solidária, torna-se um compromisso de fé. A educação na fé é concebida como ação transformadora da complexa realidade sócio-econômica-política e cultural.

Dimensão da integração grupal e comunitária

2) Relação com os outros (dimensão da integração grupal e comunitária)
Corresponde à dimensão social, da descoberta do outro como ser diferente e do grupo como lugar de encontro. O grupo oferece um espaço para ir descobrindo, de modo concreto e vivencial, a necessidade de realizar-se como pessoa na relação com o outro. Esta relação gera crescimento, exercita a crítica e a autocrítica como meio de superar-se pessoalmente e colaborar no crescimento dos demais.
Este processo de amadurecimento leva o jovem a uma progressiva abertura para as relações interpessoais, reconhecendo nos outros, valores, diversidades e limites. O jovem começa a fazer a experiência de um relacionamento mais consciente com a família, com o grupo e com a sociedade, até a experiência comunitária como referência permanente para sua vida. Na comunidade, o jovem se torna participante ativo e criativo de sua própria história. A educação na fé é concebida, aqui, como caminho a ser percorrido comunitariamente.

Dimensão da Personalização

1) Relação Consigo Mesmo (dimensão da personalização)
É a dimensão da relação do jovem consigo mesmo. Responde às necessidades de amadurecimento afetivo e formação positiva da personalidade. É a busca constante de uma resposta, não especulativa mas existencial, à pergunta: “Quem sou eu”?
Nesta dimensão o jovem precisa acolher a própria vida. Procura conhecer-se, aceitar-se, assumir-se a si próprio, como também procura desenvolver suas aptidões e qualidades, seus sentimentos e interesses com relação aos outros. A educação e a vivência da fé são concebidas como auto-aceitação, humanização, busca de sentido da vida e opções de valores.

AS 5 DIMENSÕES DA FORMAÇÃO INTEGRAL

No processo de educação na fé por etapas, a PJ opta por trabalhar as diferentes dimensões na vida do jovem que precisam ser cultivadas. A visão de dimensões da formação integral ajuda os líderes da pastoral a não cair na tentação de promover um tipo de formação que seja reducionista: apenas psicológico, apenas espiritualista ou apenas político. Estas cinco dimensões devem receber atenção em cada etapa (descoberta do grupo, da comunidade, do problema social, da organização mais ampla etc). Porém, dependendo da etapa em que se encontram os jovens a maneira de tratar cada dimensão e a acentuação serão diferentes.
As dimensões da formação integral podem ser vistas em termos das diferentes relações que o jovem tem:
1. Consigo mesmo
2. Com os outros
3. Com a sociedade
4. Com Deus
5. Com a ação (capacitação técnica)
Veja a descrição destas dimensões nas postagens que se seguem.

Doação de Órgãos


"Faz-se necessário instilar nos corações das pessoas, especialmente nos corações dos jovens, um verdadeiro e profundo reconhecimento da necessidade de amor fraternal, um amor que pode expressar-se através da decisão de tornar-se um doador de órgãos. Que o Senhor ampare cada um de vocês em seu trabalho, guiando-os a serviço do autêntico progresso humano. A minha Benção acompanha este pedido."
Papa João Paulo II aos participantes do XVIII Congresso Internacional de Transplantes,em 29 agosto de 2000, em Roma. (Tradução: Dr. Henry Campos)

O transplante é, sem dúvida, a tão esperada resposta para milhares de pessoas com insuficiências orgânicas terminais ou cronicamente incapacitantes. É, sem dúvida, um procedimento médico com enormes perspectivas, porém impossível de ser executado sem o consentimento de uma população consciente da possibilidade, da necessidade e responsabilidade de depois da morte, destinar os seus órgãos para salvar vidas.

A conscientização da sociedade como um todo, tarefa de longo prazo, deve ser iniciada na formação integral dos jovens, incluindo o exercício da cidadania. Neste sentido, a incorporação dessa temática nos conteúdos curriculares dos diversos níveis de ensino é determinante para se lograr uma atitude crítica que permita o debate e a análise dos avanços científicos que influenciam a nossa saúde e determinam o rumo da nossa existência. Afinal de contas, os estudantes de hoje são os futuros médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, biólogos, engenheiros, pesquisadores, técnicos de laboratórios, cidadãos, governantes e potenciais doadores e receptores de órgãos, beneficiários da admirável tecnologia dos transplantes.

A legislação brasileira sobre o processo doação transplante estabelece que somos todos doadores de órgãos desde que após a nossa morte um familiar (até segundo-grau de parentesco) autorize, por escrito, a retirada dos órgãos. Portanto, não basta você querer ser um doador de órgãos. Sua família também precisa saber. São eles que vão autorizar os médicos a fazer o transplante da sua vida para outras vidas. Diga em casa, diga para seus amigos, diga para todo mundo que você quer ser um doador.
Não é necessário nenhum registro em documento. Basta deixar a família avisada. Ela vai considerar isso como último desejo e autorizar a doação.

Mais informações em www.adote.org.br ou na Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos