Papa Bento VXI - Maio/2007

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Educação na Fé - Etapa 6

6 – MILITÂNCIA

Os jovens nesta etapa se abrem para mais uma dimensão da vida: a militância e o compromisso. É o momento de dizer sim ao chamado do Senhor: "Vem e Segue-me" (Mt 19, 21) e "Vão por todo o mundo, anunciem a Boa Notícia a toda criatura" (Mc 16, 16). Nas etapas anteriores do processo de formação os jovens assumiram também compromissos, porém, sem aquela constância e responsabilidade que caracteriza o militante. Há uma diferença importante aqui. As características dos jovens nas etapas anteriores foram de momentos de entusiasmo, ao assumir certos compromissos, seguidos por momentos de desânimo e irresponsabilidade. Falava-se muito do jovem como "Fogo de palha". Embora muitos estejam convencidos teoricamente da importância da ação, nas etapas iniciais, leva tempo para criar o hábito de engajamento permanente. Agora abraça a causa do reino. É perseverante. Quando assume alguma coisa vai até o fim. É líder. Passou da fase de fazer as coisas por embalo, porque os outros estão fazendo. Agora é uma opção de vida. Não quer mais ser um mero expectador. Resolve entrar no campo e vestir a camisa. É a nova visão do jovem Marcos, do Rio de Janeiro: "Não entendo um homem que passa por esta vida e não faz nada para modificar o lugar onde está". Em todos os lugares há jovens com esse nível de dedicação. É o resultado de um processo lento de formação!

O jovem normalmente entra na primeira etapa voltado para seu próprio mundo de interesses pessoais. Um militante lembrava: "Entrei no grupo por causa de futebol-de-salão. Antes não pensava em nada, não sabia o que era o mundo, vivia trancado em casa, só estudava e me divertia". Agora, está aberto para o mundo. Um psicólogo descreve esse processo do crescimento como uma "ampliação gradual mas progressiva do 'eu', para incorporar o mundo que está 'fora'". "Cresceu, esticou e diluiu as fronteiras do seu 'eu'. Neste sentido, quanto mais nos estendemos, mais amamos, mais se torna difusa a distinção entre o 'eu' e o mundo. Nós nos identificamos 'com o mundo'. E na medida em que as fronteiras de nosso 'eu' tornam-se difusas e diluídas, começamos a experimentar a mesma emoção de êxtase que sentimos quando as fronteiras de nosso 'eu' desmoronaram parcialmente e nos apaixonamos". O desafio é despertar mais jovens para chegar a esse nível de compromisso. Muitos desistem no caminho por falta de formação e acompanhamento sistemático. A formação supõe um longo processo e nunca poderá ser substituída por momentos mágicos de emoção e entusiasmo!